ESPAÇO VIRTUAL DA TURMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DO CURSO DE CULTURA
PERNAMBUCANA DA FAFIRE - FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE




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SEMINÁRIO CULTURAL - IDENTIDADE CRIOULA -


Disciplina: ARTE POPULAR: ENTRE PRESERVAÇÃO E EVOLUÇÃO

Registro Fotográfico em sala de aula sobre seminário apresentado pelos graduandos João Pereira, Conceição Ferraz, Marlova Dornelles, Tamires Costa em 29/03/06 abordando os aspectos religiosos e sociais da identidade negra no Brasil. (Clique nas imagens para ampliá-las)




IDENTIDADE CRIOULA
Por Conceição Ferraz

Nos séculos XVI e XVII, além da produção de açúcar, outra atividade se destacou no Brasil: o comércio de escravos. Neste período desembarcaram em terras brasileiras cerca de 100 milhões de negros. Inicia-se a partir de então, os primeiros passos da construção da nossa cultura, pois é também desta miscigenação entre europeus, que aqui estavam, e de africanos cativos, que o tecido cultural e social do Brasil começa a se formar.
Para Pernambuco vieram, principalmente, os Bantus oriundos de Angola e do Congo. Cultos, produziam cerâmica, agricultura, gado, entendiam de metalurgia (o ferro era sagrado para eles) além, de urbanização e economia, mesmo antes do contato com os europeus.No Brasil, os escravos eram classificados em três categorias:

BOÇAIS
– eram os escravos trazidos diretamente da Costa da África sem conhecimento da língua portuguesa, nem do tipo de trabalho a que iriam ser submetido. Em geral eram os mais severamente castigados em razão da dificuldade de comunicação (compreensão das tarefas que lhes eram atribuídas).

LADINO – era o africano que havia passado por um processo de aculturação e aprendido alguns rudimentos da língua portuguesa.


CRIOULO
– era o escravo nascido no Brasil, de mãe escrava. Podemos então, definir como área cultural crioula a configuração histórica cultural resultante da implementação da economia açucareira e de seus complementos (aguardente e rapadura) e anexos (lavoura de tabaco e plantação de fumo) na faixa litorânea do Nordeste brasileiro, que se estende do Rio Grande do Norte à Bahia. A cultura crioula é a expressão na conduta e nos costumes dos imperativos da economia monocultora destinada a produção do açúcar. Ela tem raízes mergulhadas nas matrizes culturais indígena, africana e européia, mas se contrapõe a todas como um estilo de vida novo, diferenciando-se no modo de olhar do mundo e atuar sobre o meio.


Registros em sala de aula - Clique nas imagens para ampliá-las

Bibliografia


ANDERSON, Benedict (1993). Comunidades imaginadas: Reflexiones sobre el origen y la difusion del nacionalismo. México, Fondo de Cultura Económica.

ANJOS, José Carlos G. dos (2002). Intelectuais, literatura e poder em Cabo Verde: lutas de definição da identidade nacional. Porto Alegre (Brasil), UFRGS/IFCH, Praia (Cabo Verde), INIPC.

APPIAH, Kwame Anthony (1997). Na casa de meu pai. Rio de Janeiro, Contraponto.





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