Nasceu
no município de pesqueira(PE), a 2 de junho de 1930.
Desde cedo, dedicando-se ás letras, fez o curso médio,
no Ginásio Pernambucano.
Em 1955 bacharelou-se pela faculdade de Direito do Recife e
em Línguas neolatinas pela Universidade Católica
de Pernambuco. Exerceu o magistério e advocacia, sendo
assistente Jurídico do Ministério do Trabalho.
Ainda bastante jovem, Audálio Alves dedicou-se a literatura
cultivando a poesia.
Pertenceu a famosa “Geração de 50”
,juntamente com outros conceituados poetas, bem como Mauro Mota,
Carlos Pena Filho, Edimir Domingues Fernando Pessoa, Geraldo
Valença , e outros não menos importante.
Estreou na vida literária em 1954 com o livro de poemas
“ Caminhos do Silêncio” .O seu segundo livro,
“Alicerces da Solidão” (1959), consagrou-o
diante da crítica.
O seu livro, “ Canto Agrário”, foi considerado
pela crítica especializada, como um dos melhores livros
do ano(1962). Iniciou um movimento espectralista, designação
dada pelo poeta pernambucano Joaquim Cardozo ao sincretismo
poético integral, movimento de repercussão nacional.
Segundo o próprio Cardozo, “Os versos de Audálio
Alves são dominados por um intimismo onde as palavras
ganham um halo de júbilo e felicidade”.
Audálio Alves foi membro da Academia Pernambucana de
Letras, ocupando a cadeira n°8, tendo por patrono Joaquim
Vilela, posse ocorrida em 1972. Na vida profissional, exerceu
vários cargos de direção em entidades culturais,
tendo sido o idealizador e primeiro supervisor do “Espaço
Pasárgada”(1986).
Poeta de profunda sensibilidade, Audálio Alves soube
fazer amigos na trajetória da sua vida, não raro
contaminada por amarguras.
Foi um coração de ouro num peito de ferro.
Faleceu em 08 de abril de 1999, com 69 anos, na cidade de Recife,
deixando as seguintes obras:
Caminhos do Silêncio(1954);
Alicerces da Solidão(1959);
Olhar dá Sede(1961);
Canto Agrário(1962);
Romanceiro do Canto soberano(1966);
Canto da Matéria Viva(1970);
Espaço Migrante(1982);
Canto Por Enquanto(1982);
O Dia Amanhece em Minhas Mãos(1987).