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CONTO DE LADJANE BANDEIRA EM COLETÂNEA LANÇADA NA FLIPORTO
PERÍODO : 27 A 30 DE SETEMBRO DE 2007
Fliporto

Entrega do premio

Entrega do premio



















A FLIPORTO - FESTA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PORTO DE GALINHAS em sua terceira edição aconteceu no período de 27 a 30 de setembro de 2007 na cidade de Ipojuca, PE. Nesta sua versão prestou homenagem a literatura da América Latina, promovendo o lançamento de quatro antologias: Panorâmica do Conto em Pernambuco, Antologia de Poesía Brasileña, Mundo Mágico: Colômbia e O Rio que Fala.

A vasta programação literária que aconteceu no período de 27 a 30 de setembro de 2007, trouxe para Pernambuco o que há de mais expressivo na produção literária do território latino-americano.

Na foto ao lado há o registro de uma das sobrinhas da artista, Maria Tereza Lira, que recebeu em nome da família, certificado e exemplares da coletânea PANORÂMICA DO CONTO EM PERNAMBUCO pela contribuição do conto "Um Gesto Ancestral" de autoria de Ladjane Bandeira à composição da coletânea.


SOBRE O CONTO

Publicado em 19 de novembro de 1987 no Jornal do Commercio em Recife, é uma narrativa baseada nas recordações infantis de Ladjane em Nazaré da Mata. Em "Um Gesto Ancestral" o fantástico sugere incertezas quanto ao seu carater ficcional, uma vez que o avô paterno da artista era dado à excentricidades, segundo relatos registrados nos diários pessoais de Ladjane.

.....
"Quando eu era pequena e olhava para o meu avô, ele não me parecia absolutamente, fantástico. Não tanto antes quanto depois que essa idéia de fantasticidade se encasquetou na minha cabeça.

Ele era estranho. Sim, o que tem isso ? Eu sabia o que era ser estranho ?

Era soturno, mal humorado em sua situação de novo-pobre. Pois sim, e o que tinha isso ? Eu distinguia valores financeiros ? Se havia duas palavras que nada me dissessem essas eram: “pobre e rico”.
E se havia coisas que nem ao menos existiam essas coisas eram as classes sociais. Chegassem a mim e dissessem: - Aquele safado daquele varredor de rua”.

Pois sim, e daí ? Era possível que o “safado” me impressionasse muito mais – e “safado”não distingue classe – do que o pretendido insulto de “varredor de rua”.

......

E era por isso que eu não achava que meu avô fosse fantástico e nem mesmo sabia que a palavra existia. Mas a verdade é que ele era fantástico e rabugento. E o pessoal na cidade se encarregava de propagar o que ele fizesse e dissesse, e, possivelmente, o que nem fizesse e nem dissesse.

Um dia ele chamou minha avó e disse:

- Ô Nana, traz aí o martelo e a caixa de pregos.

Minha avó lhos entregou sem perguntar para que os queria, como teria perguntado qualquer mulher que não fosse ela. Mas o povo se pôs a dizer, antes mesmo que ele batesse o primeiro prego:

- É hoje ! Vai fazer o caixão.

......Leia o texto completo.



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