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Instituto de Educação, Arte e Cultura Ladjane Bandeira - (ICLB)
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discurso

Sônia Sarmento de Freitas

Psicóloga/Psicanalista com especialização em Antropologia Cultural, membro da IPB – Interseção Psicanalítica do Brasil.








Cícero Dias
Artista plástico, pernambucano, considerado um dos pioneiros do modernismo no Brasil

“Em nenhuma pintora nascente vi uma tão grande manifestação de personalidade, de segurança e firmeza nas cores e nas formas”.
Jornal Pequeno-Recife,PE 14/08/48










Ladjane aos 21 anos quando chegou em Recife. (1948)






Bernardino Vieira de Lira Avô paterno da artista
A artista e sua influência paterna:

"Era um homem de grande
sensibilidade e imaginação... ...era também inventivo e progressista”







Biopaisagem
Quadro da série a
bico-de-pena.








Quadro da série Biopaisagem - Óleo sobre tela







Quadro da série Biopaisagem - Óleo sobre tela




Você está em: Imprensa - Tributo a Ladjane - Contéudo da Palestra



TRIBUTO A LADJANE BANDEIRA.

Sônia Maria Sarmento de Freitas
soniasarmento2003@yahoo.com.br

Texto da palestra apresentada em evento realizado na Livraria Cultura
no Recife,
em homenagem a artista no dia 13 de junho de 2005.

Era o ano de 1948. A cena recifense fluía. Capibaribe afora... Um Capibaribe cheio de vida, que refletia em suas águas uma febre: febre de talentos, que assolava a província. Nas ruas, nos becos, nas calçadas... atravessando as pontes, ecoando pelas praças, nos sobrados, pelas esquinas... Em prosa, em verso, em discursos , o canto dos jovens poetas, as vozes dos literatos; os esboços e as pinceladas dos artistas plásticos, os escritos dos jornalistas e intelectuais delineavam novos rumos e imprimiam novas formas de ver, de interpretar e de pensar a realidade...

A brisa, molhada de rio e de mar, sutilmente espalhava o pólen, germinando inesquecível safra de movimentos artísticos e culturais que marcaram época. Notável representação de Pernambuco no cenário nacional e internacional: Aloísio Magalhães, Cícero Dias, Reynaldo Fonseca, Abelardo da Hora, Augusto Reinaldo, Francisco Brennand, Hélio Feijó, Mauro Motta, Carlos Penna Filho, Audálio Alves, só para citar alguns, entre muitos outros nomes. Então, sob os céus do Recife, mobilizando olhares e atenções, aparece com brilho invulgar uma jovem poetisa, escritora, desenhista, pintora e jornalista.

O impacto de sua chegada agitou o espaço, e os ânimos: Ladjane, original, única! Os recifenses custavam a crer no que seus olhos estavam vendo!... Seria uma miragem? uma ilusão? puro fruto de um delírio coletivo? É o que traduz uma das manchetes dos jornais da época: “JURAMOS POR DEUS QUE LADJANE EXISTE!”, na primeira página do “Jornal Pequeno”, “órgão independente e noticioso” , fundado por Thomé Gibson ; entre as fotos da artista com seus desenhos e telas, uma reportagem de Guerra de Hollanda; a edição, de 14 de AGOSTO DE 1948 .

A radiante presença de Ladjane, o magnetismo de seus trabalhos e a potencialidade de sua criação encantavam a cidade merecendo elogios, entre os quais o de Cícero Dias, citado na mesma reportagem: “Em nenhuma pintora nascente vi uma tão grande manifestação de personalidade, de segurança e firmeza nas cores e nas formas”.

Maria Ladjane Bandeira de Lira nasceu em Nazaré da Mata , aos 05 de Junho de 1927, de João Vieira de Lira e Isith Bandeira de Lira, sendo avós paternos Bernardino Vieira de Lira e Ana Pereira de Lira, e, maternos, Francisco Cadena Bandeira de Melo e Ana Carolina Cavalcanti de Albuquerque Wanderley Bandeira de Melo.

Exercendo magistério em Nazaré da Mata, e vindo ao Recife fazer um estágio pedagógico, teve a oportunidade de ir à exposição do escultor Abelardo da Hora, entrando em contato com este e também com o artista plástico e arquiteto Hélio Feijó, assim tendo oportunidade de entrar em contato com os trabalhos que ambos tinham começado a desenvolver na nascente e memorável Sociedade de Arte Moderna do Recife, entre maio e junho daquele inesquecível 1948.

Sob o seu patrocínio, Ladjane faria sua primeira exposição no final daquele ano, no dia 12 de dezembro, integrada às atividades da Sociedade no famoso atelier da rua da Imperatriz, conforme registram os jornais da época, entre outros, o “Diário de Pernambuco” de 23/ Agosto/48 e “O Popular”, de 19/Setembro/48. Essa exposição aconteceu na Faculdade de Direito do Recife, onde antes haviam exposto Cícero Dias e Lula Cardoso Ayres. Assim, Ladjane, explodindo em intensa vitalidade criativa, revelou-se ao Recife que viu nela nascer uma fulgurante carreira.

No dia 11 de Agosto de 1987, em entrevista a mim concedida, a artista fala de fatos importantes de sua história de vida, de sua infância e adolescência em sua cidade natal:

Aos cinco anos de idade entrei para o Colégio Sta. Cristina, das Damas da Instrução Cristã, lá em Nazaré da Mata, onde fiquei até concluir meu curso pedagógico, em 04/12/44. A seguir, comecei a lecionar, neste mesmo Colégio, e também no Colégio de S..José, do Pe. João Motta, irmão do poeta Mauro Motta. Eu lecionava Desenho, mas mesmo antes da conclusão do meu curso já o fazia, nas escolas do Município, isso desde os meus quinze anos.

Ladjane cita então o nome de seu avô paterno, BernardinoVieira de Lira, de quem fala com muita admiração:

Ele foi o fundador da “Banda Euterpina Juvenil de Nazaré da Mata”, e é nome de uma das ruas da cidade; era um homem de grande sensibilidade e imaginação, tendo inclusive recebido referências em crônicas de Mauro Motta, que, quando criança e adolescente, o conheceu. Era também inventivo e progressista, foi o primeiro a aparecer com automóvel em Nazaré.

Ao lembrar esses detalhes, sua fisionomia iluminou-se, e, com especial carinho, falou em sua avó, esposa dele, Ana Pereira de Lira:

Ela foi uma mulher forte, que tomou as rédeas da família após o falecimento dele, e viveu lúcida e útil até os 96 anos... E por isso eu resolvi ser como ela.

Na mesma oportunidade, a artista sublinha a importância que teve em sua formação o Pe. Daniel Lima, poeta e filósofo respeitado em Pernambuco :

Foi através dele que publiquei meus primeiros escritos, na “Gazeta de Nazaré”, da qual era diretor. Ele também me orientava nos estudos filosóficos, e a ele devo, além de minha paixão pela Filosofia, meu profundo interesse e preocupação com o ser humano em extensão, assim como uma profunda reflexão sobre mim mesma, e sobre o universo.

Mas Ladjane recorda que já aos dez anos colaborava com o “Fides Intrepida”, o jornal do Colégio, onde apareceram seus primeiros versos. Sonhava então juntá-los em um livro, o que só aconteceu em 1957, quando publicou “Cantigas”, e continua:

Desenhar, sempre desenhei, desde muito nova; minha mãe diz que, quando chorava, me dava um lápis e papel, e eu me consolava garatujando. No colégio, meu professor de Ciências, o Dr. Aristides de Paula, pedia-me para ilustrar suas aulas com ampliações de células, óvulos, espermatozóides, fetos... E penso que isso muito influenciou o meu grande interesse pelas Ciências Físicas e Biológicas, e o meu desejo de ser cientista, e pesquisadora.

A artista comenta que, apesar das muitas atividades que tinha em Nazaré, almejava buscar um ambiente onde pudesse concretizar suas tendências artísticas, literárias e plásticas, e nelas se realizar.

Em 1947, veio ao Recife, e mostrou seus poemas ao Dr. Esmeragdo Marroquin, na época diretor do Jornal do Commercio, que passou a publicá-los no suplemento literário dominical. Logo depois, outros jornais (Diário da Noite, Diário de Pernambuco, Folha da Manhã, Jornal Pequeno) também passaram a publicar trabalhos seus. Quando, no ano seguinte, definitivamente, para aí se transferiu, tornou-se ilustradora, não só de suplementos literários dos jornais locais, como também de livros de poesias de vários autores, e também do primeiro Salão de Poesia, realizado no Recife, em 22 de setembro de 1948. Os anos subseqüentes, 49 e 50, foram de intensa atividade, e, em 51, obteve o primeiro prêmio do Salão de Pintura do Estado. Em 1952, inicia no “Diário da Noite” a página “Arte”, que, em 55, vai para o Jornal do Commercio, onde permaneceu sob sua direção exclusiva até a década de 80.

Ladjane desempenhou intensa atividade poética, literária e jornalística, e também promoveu o movimento artístico e cultural da cidade. Paralelamente, produzia: desenhava, fazia gravuras, pintava. Enumerar todos os acontecimentos que tiveram sua participação direta ou indireta, e os trabalhos que realizou, exigiria uma longa resenha. Sua produção, como sabemos, foi diversificada, e seu talento criativo, fonte perene em sua vida.

Em 1964, foi encenada uma peça teatral de sua autoria,“A viola do Diabo”, sob a direção de Alfredo de Oliveira, na época com muita repercussão e sucesso, tendo sido premiada com o “SAMUEL”, troféu oferecido pela associação dos cronistas Teatrais de Pernambuco, e também com o prêmio “Vânia Souto Carvalho”. A peça foi encenada no Teatro de Arena, e depois no Sta. Isabel, tendo sido bastante comentada, inclusive pela crônica teatral do Rio de Janeiro, conforme atestam edições do Globo e do Jornal do Brasil da época.

Ainda, em 65, participa de Coletiva no Museu de Arte de S.Paulo, dirigida pelo prof. Bardi, e faz uma individual na Galeria Schultz, naquela cidade. Em 1966, vai aos Estados Unidos, onde pronuncia palestra sobre arte brasileira na Universidade de Stanford (Palo Alto, California), e realiza uma individual na Galeria Internazionalle, em N.Y. , assim como também participa de uma Coletiva, na mesma galeria, entre artistas de renome mundial como Izacyro, Archipenko, Zadkine, Picasso, entre outros.

De 1970 a 1980, Ladjane dedicou-se com exclusividade à criação de uma obra notável, que chamou de “Biopaisagem”. Segundo ela própria afirma, em entrevista a mim concedida em 07 /outubro/ 87, há esboços dessa criação desde 1960, quando embrionariamente já a executava. Disse também que escreveu e refletiu muito sobre esse seu trabalho, e afirma que, em etapas subseqüentes de seu fazer artístico, sente uma continuação dele. No dizer da autora, essa composição (em duas séries, a óleo sobre tela e a bico-de-pena sobre papel), em estilo por ela denominado “ Figurativista Mágico”, consolida a busca do vir-a-ser, algo em infinito processo, onde a idéia é a “unificação do conhecimento perfeito , em busca da permanência unitária cognoscente”.

No âmbito de sua vasta obra plástica, a Biopaisagem, particularmente, impressionou-me. Contemplando-a pela primeira vez, senti o impacto de uma comoção . Diante da magnitude expressiva, a preciosidade da obra. A série representa a Metamorfose.

A óleo sobre tela eclode em cores a metamorfose humano-vegetal, amplo tema presente na Mitologia Grega, cantado por Ovídio - poeta latino (43 a. C. –17 d.C. ), em sua obra “As Metamorfoses”, Livro I (Apolo e Daphne, vv. 450-565), e Livro II (as Heliades, vv. 305-365)- e também presente em esculturas, altos-relevos, mosaicos, afrescos, águas-fortes, óleos, através dos tempos; tema também trazido desde as ruínas de Pompéia e Roma, atravessando os séculos , passando pelos mestres escultores como Bernini, e óleos de Veronesse, Rubens, Tiepolo, Fragonard, Van Dyck, até aos contemporâneos Saint –Piens, Di Canossa, Bourdelle, Salvador Dali (deste, “Daphne II” , e “Três mulheres”).

Nos quadros de Ladjane, a temática universal impregna-se de uma vitalidade interpretativa surpreendente, muito particular, onde “Quatro Cabeças”, “Um Par de seres” e “Sete Mulheres”, num colorido rico em nuances, conduzem tradução claro-escura, que emerge em atmosfera supra-realista. A intensidade dos detalhes cria efeitos diferenciados, próprios e singulares. Essa série nunca foi exposta. Ladjane guardou-a de si para si mesma; e falava-me então das cores que amava, e que, segundo ela, “a traíam e invadiam o seu “eu oceânico”: “As cores me dominam”, dizia, “o preto e branco , os domino”; por isso, apesar de gostar tanto delas, eu prefira o preto e branco”...

Na série, desenhada a bico de pena, em primorosa e originalíssima execução, o trânsito gestacional de fantástica metamorfose. Compõe-se de um tríptico, dois dípticos e quatro individuais. Nas imagens, em amplexo abissal, aparatos tecnológicos e a fecunda intimidade intra-uterina. Diante do espectador, nos perfis, o humano em transformação: os seres, únicos e em pares superpostos. Arcaicas, modernas, impressionantes, majestosas, algo de divino há nessas incríveis visões: imponentes, talvez “‘organosignóticas’” (aproprio-me aqui de um dos termos adjetivantes da autora). No interior dessas figuras, uma miríade de detalhes minuciosos, microscopicamente compostos: são esses seres riquíssimos e misteriosos que invocam algo impossível de dizer, intimações a penetrar naquela galáxia... o universo biopaisagístico. Paralelamente, evolui no pensamento da autora, a sua “Teoria Intelorgânica”. Disse Ladjane, comentando o seu trabalho:

Nos meus desenhos a bico-de-pena, trabalhei ponto por ponto, a eles dei unidade técnica, numa atmosfera cósmica, também unitária.”/ “Era uma espécie de êxtase, de conhecimento e de identificação com o Cosmos, com o Universo.”/ “Era como se eu pudesse conhecer as coisas em profundidade, era como se o mundo fosse de vidro, transparente.”/ “É difícil falar, porque hoje sou outra, uma outra pessoa, eu passo por vários processos de transformação: nunca sou eu mesma por muito tempo.”/ “É a minha busca pelo vir-a-ser que a série Biopaisagem representa: uma transformação para a permanência unitária cognoscente, a transformação da natureza em conhecimento.”/ “Em vez do Homem vir de Deus, Deus é que viria do Homem, pois Deus seria o final da matéria cognoscente.” / “O homem absorveria toda a paisagem, ampliado em direção à perfeição e ao conhecimento máximo, transformando-se em Deus, que é a síntese da matéria universal” / “Esta série evoca uma unidade total, não topológica, onde cada trabalho é a evolução do meu pensamento intelorgânico.”

Talvez pelo significado que a série teve para sua autora, a Biopaisagem tenha passado tanto tempo sem ser vista por nenhuma pessoa...Em Outubro de 1977, num curso sobre Filosofia da Arte, promovido pela profa. Maria do Carmo Tavares de Miranda, no centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE, a série foi exposta pela primeira vez com objetivo de debate filosófico. No Jornal do Commercio, de 06 /novembro/ 77, no suplemento dominical, aparece uma reportagem sobre o evento, assim como no suplemento literário do Jornal Universitário, órgão informativo da UFPE, de maio de 1978, sob o título: “Curso aborda relações da Arte com a Filosofia”.

Ao público em geral é apresentada numa coletiva do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, em 1978. A elaboração complexa desses trabalhos, riquíssimos em detalhes e efeitos claro-escuros de alto impacto dramático, sintetizam as concepções filosóficas da autora como um sistema auto-organizador na obra. LADJANE COMENTOU SOBRE A EXECUÇÃO DESSES TRABALHOS:

AS IDÉIAS, OS PENSAMENTOS FLUÍAM, MAS CONFORME EU IA FAZENDO, ME DOMINAVA ALGO QUE EU NÃO CONTROLAVA. EU IA COMPONDO, APENAS. CRIANDO, IA SAINDO.

Um trabalho magistral, de uma grande artista. Mulher arrojada, que viveu um futuro, que hoje se faz presente em eterna vanguarda.
Ladjane realmente ficou nos seus quadros, como ela declarou na mesma entrevista que citei, logo no começo, publicada no “Jornal Pequeno”. Naquela edição histórica de 14 de Agosto de 48, em seu número 183, disse ela então:

“Começo a sentir em meus quadros a impressão de que ficarei neles; o artista só se liberta quando fica em sua obra.”

E AQUI, NESTE MOMENTO, PERMITO-ME LER UM POEMA DE SUA AUTORIA, QUE SAIU PUBLICADO NO JORNAL DO COMMERCIO DE 01/FEV./1976:

“QUE EU SEJA HUMILDE”

I
POSSO ACEITAR
O SILÊNCIO
ONTOLÓGICO
DAS COISAS
MAS NÃO POSSO PRESCINDIR
DO MÁGICO ARAUTO DO TEMPO
VOZ-SEMENTE
QUE FAZ GERMINAR
CIRCUNSTANTE
A MAGNA E PROFUNDA EXISTÊNCIA PLURAL.


II

POSSO ACEITAR
AS MEIAS VERDADES ETERNAS
(MISTÉRIOS-O VERBO
- O NÚMERO)
DA MESMA MANEIRA QUE ACEITO
O IMPOSSÍVEL
O NADA
O PERFEITO
O NÃO-SER
JAMAIS MORTAL
NÃO-SEMENTE.

III

POSSO ACEITAR
A RAZÃO DO PENSAR IMANENTE
E A IDÉIA, EU ACEITO
EM PROJEÇÃO TRANSCENDENTE
QUAL MÍSTICA ESSÊNCIA FINAL DO SILÊNCIO
(DEUS-MORTE).

IV

MAS QUERO É O SISTEMA
HERACLITIANO
DO TEMPO
O DEVIR CRIADOR
O DEVIR PERMANENTE
(SÍNTESE PASSADO-PRESENTE-FUTURO)
SEMENTEIRA VITAL
ORAÇÃO CONSCIENTE.


Ladjane vive: viva sempre estará no precioso legado de sua arte. A ela o nosso aplauso.
Viva Ladjane, a sua eternidade. Viva, Ladjane!


Sonia Maria Sarmento de Freitas, 31/05/2005



 

 

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