Quem, na medida guarda a viva sombra
pesando espelho ou seduzindo o todo ?
Quem mais que sombra e medição é causa em si?
Quem em sí, causando é imune ?
Quem, na perfeita ausência de si mesmo
além de si se distribui e guarda ?
Quem ? Quem se impõe um duplo como início
sabendo-se infinito ? E quem protege um fim
na infinitude do seu parto preso
a se engendrar um centro e neste centro
dobra-se à extensão ?
Quem dobra o horizonte como uma folha em branco de papel
e nele inscreve o tempo e a distância inalcançáveis ?
Quem brinca assim com o que se sabe e vê ?