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Você está em: Projetos - Sala Especial - Mediação - Trilha 4 - O Grotesco









Ladjane - 1981
Díptico da série O GESTO E O GRITO. Óleo sobre eucatex



Ladjane - 1981
Díptico da série O GESTO E O GRITO. Óleo sobre papel

Numa linguagem vigorosa e original, a artista no quadro acima expressa um existencialismo sombrio e desesperado sobre o humanismo


Ladjane - 1960
Detalhe do quadro
































Trilha 4

Das distorções (O Grotesco e o Feio)

Segundo Alonso (2001, p.68), "A significação geral do que hoje se entende por grotesco ficou durante muito tempo como uma subclasse do cômico, do cru, do baixo, do burlesco ou mesmo do mau gosto. Ou ainda, uma denominação bastante genérica para o que se entende comumente por aberrante, fabuloso, demente, macabro, caricatural ou significações semelhantes".


Várias formas do grotesco aparecem em obras artísticas a partir do século XVIII e sua compreensão encontra-se na maioria das expressões da atualidade consideradas "degeneradoras" dos princípios e valores positivos presentes na cultura popular, desde então.


Tudo que for da ordem da monstruosidade, da estranheza, do sinistro, seja em animais, plantas ou objetos entram na categoria do Grotesco tanto na literatura como nas artes plásticas e/ou visuais.


As distorções da realidade e o elemento humano quando sem vida, são alguns exemplos.


No que se refere a sua natureza, o grotesco é o mundo alheado (tornado estranho).


Aquilo que nos era familiar e conhecido quando se revela estranho e sinistro, provoca um sentimento de não-aceitação, repulsa e angústia.

Dentro da estética como um discurso sobre o corpo, o grotesco aparece em ataduras em rostos numa descrição visual que suscita corpos mutilados, devorados ou desarticulados que compõem narrativas relacionadas à angústia.


Sorrisos desdentados, rostos enfermos, corpos velhos, baixos, desengonçados, obesos, sujos, imagens de pessoas feias, imagens da violência urbana banal, cadavéres são algumas das várias imagens desenhadas ideologicamente não-aceitaveis e/ou biologicamente, esteticamente considerada "inferiores" pelas pessoas.


É o mundo em súbita transformação provocando falhas no nosso senso de orientação e de equilíbrio existentes na forma como percebemos o mundo.

Existe tambem um aspecto do grotesco que é a sua tentativa de dominar e conjurar o elemento demoníaco do mundo, a exemplo das imagens grotescas nas fantasias carnavalescas que não têm o objetivo de assustar mas sim de oferecer alegria e diversão.

O carnaval abole as hierarquias, nivela, cria outra vida. A cena é dos mortos em todos os níveis: marginais, reprimidos, pobres, loucos etc. celebrando a vitória sobre a morte, sobre o sagrado, sobre a opressão.

As fotos aqui disponibilizadas no lado esquerdo desta página, encontradas em nossos acervos, foram selecionadas com a intenção de exploração visual do tema e em vários sites na internet o grotesco é estudado de maneira clara e de fácil exemplificação.


Abaixo publicamos links e recomendamos a leitura de alguns destes trabalhos encontrados que podem ampliar ainda mais o entendimento desta categoria da beleza dentro das várias expressões artísticas como a literatura por exemplo.

Os Cânones corporais e o corpo grotesco - Fernando Fontanella
O Grotesco - Transformação e estranhamento - Aristides Alonso
Grotesco - Algumas teorias e curiosidades sobre sua possível origem - Ricardo Bezerra
Deus e o Diabo na Terra da Carnavalização - Gilda Korff Dieguez - páginas iniciais deste texto fazem referencia ao grotesco e ao carnval
Origem da palavra Grotesco - Valerio Medeiros




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