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Ladjane Bandeira - 1958




Ladjane Bandeira -
Quadro da série Biopaisagem 1979

































Trilha 8

O Belo


O crítico inglês Herbert Read, um dos primeiros estudiosos a defender a "educação pela arte", defendia que "o sentimento estético é inerente à maioria dos homens, independente de seu nível de desenvolvimento intelectual".

Presumimos errôneamente que tudo o que é belo é arte, ou que toda a arte é bela, que o que não é belo é arte, e que a fealdade é a negação da arte.

Esta identificação de arte e beleza está na raiz de todas as nossas dificuldades para uma verdadeira apreciação da arte, e mesmo em pessoas amantes da arte, há um censor inconsciente em todos os casos particulares em que acontece a arte não ser bela.

Porque a arte não é necessariamente bela !

Uma obra pode suscitar toda uma serie de sensações (ódio, paixão, repulsa etc) e levar-nos a um plano onde apenas ao humano é possível sentir.

Na realidade a arte frequentemente é desprovida de beleza.

A Arte é uma atividade simplesmente criadora de formas e toda a atividade perfeita é acompanhada de um certo prazer e o artista sente prazer também na obra criadora.

A beleza de um quadro não depende da beleza do modelo representado: pode-se fazer um belo quadro tendo como modelo uma mulher muito feia. O que devemos ter em mente em que o artista procura reproduzir do modo mais perfeito que seja possível a sua faculdade de criar, o seu dom de criar, dirigido pela sua verdadeira razão.

A beleza é uma construção do espírito do contemplador e não uma propriedade do objeto. É uma construção advinda da sensação de harmonia interior do contemplador da obra.

O belo é tudo aquilo que dá prazer e tem por doutrina básica a intuição.

Na verdade o significado histórico do conceito de beleza é muito limitado. Teve a sua origem na Grécia antiga, produto de uma determinada filosofia de vida. Essa filosofia era de carater antropomórfico, enaltecia todos os valores humanos e não via nos deuses mais que versões magnificadas do homem.
A arte, assim como a religião, era para os Gregos uma idealização da natureza e, especialmente do homem como ponto culminante dos seus processos.
O protótipo da arte clássica é o Apolo de Belvedere ou a Vênus de Milo - tipos perfeitos ou ideais do gênero humano perfeitamente formados, perfeitamente proporcionados, nobres e serenos; ou seja, Belos.

Hoje temos a experiência estética, a beleza, como um conceito variante de acordo com as culturas, as épocas, os povos, e assim por diante pois encontramos diversos tipos de beleza com os quais o ser humano se satisfaz.


Abaixo publicamos links e recomendamos a leitura de algumas publicações e trabalhos encontrados que podem ampliar ainda mais o entendimento desta categoria da beleza dentro das várias expressões do dramático e do trágico.

A Beleza na Arte- Maria de Fátima Seehagen






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